Brad Bird e seu ótimo cinema de ação
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Com Missão Impossível: Protocolo Fantasma, o diretor Brad Bird, das animações O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille e agora pela primeira vez dirigindo um filme live-action, conseguiu realizar nada mais nada menos que um filme de ação impecável.
Devido a algumas declarações pode-se perceber que Bird tem uma paixão por este tipo de filme, uma devoção aos grandes James Cameron e Steven Spielberg e o quanto os grandes filmes de ação foram inspiradores para seu primeiro filme semi-mergulhado no gênero(Os Incríveis) embora O Gigante de Ferro e Ratatouille tenham cenas de ação ótimas dentro de suas propostas, como por exemplo a sequência de persequição nas ruas de Paris com Remy fugindo levando o documento e sendo perseguido por Squinner que é uma aula para qualquer estudante de cinema, um primor de timming.
Ele dá uma atenção devota ao planejamento das sequências, à edição e ao que gosto de chamar de sensação corporal dos desafios, um tipo de trabalho que poucos diretores fazem tão bem hoje, quando não cagam totalmente para isso, como é o caso da maioria das produções do tipo e é visível quando percebemos que os diretores mais reconhecidos no gênero são os megalomaníacos sem timming algum Michael Bay e Rolland Emerich, este conseguindo a façanha de ser 500 vezes pior que Bay.
Bird baseado no trabalho dos roteiristas conseguiu criar muitos momentos memoráveis, cenas que mesmo em um terceiro filme da franquia soam frescas e originais, aliás aqui entra a questão do quão interessante o filme aborda as situações absurdas da história, dando verossímilhança à planos e situações mirabolantes que parece ser algo em que o diretor tem conforto em trabalhar. A dúvida que fica na cabeça de todo mundo é porque raios nunca foi oferecido à Bird um projeto de filme do agente 007.
A sua mão parece que deu uma grande renovada na franquia, agora com menos tom sério e mais humor, inclusive muita auto-scanaeação com a própria série e o mundo dos agente secretos, e vem para dar o que uma franquia de filmes pipoca, hoje mais do que nunca, realmente precisa, ser uma diversão inteligente, empolgante, bem feita e auto-consciente como uma forma de espetáculo.

Às vezes parece que Missão impossível 4 é só um ensaio de Bird no mundo do live-action, de lidar agora com sets, equipes gigantescas, atores e etc.. até pelo fato do filme ser o 4º exemplar de uma franquia cinematográfica, mas ainda assim fica evidente que a direção de Bird não só conseguiu disso extrair uma pérola do cinema de ação como renovar e chegar ao máximo que o filme poderia.
Vale mencionar o trabalho sensacional do diretor de fotografia Robert Elswit, vencedor do Oscar por Sangue Negro, e o bom trabalho e sintonia do elenco em geral.

Bird entende o cinemão e a capacidade de impactar que ele tem e é reconfortante ver que seu talento está sendo empenhado no cinema de muitas formas.
Que venha 1906, seu novo filme live-action.

Nota: 9
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Com Missão Impossível: Protocolo Fantasma, o diretor Brad Bird, das animações O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille e agora pela primeira vez dirigindo um filme live-action, conseguiu realizar nada mais nada menos que um filme de ação impecável.
Devido a algumas declarações pode-se perceber que Bird tem uma paixão por este tipo de filme, uma devoção aos grandes James Cameron e Steven Spielberg e o quanto os grandes filmes de ação foram inspiradores para seu primeiro filme semi-mergulhado no gênero(Os Incríveis) embora O Gigante de Ferro e Ratatouille tenham cenas de ação ótimas dentro de suas propostas, como por exemplo a sequência de persequição nas ruas de Paris com Remy fugindo levando o documento e sendo perseguido por Squinner que é uma aula para qualquer estudante de cinema, um primor de timming.
Ele dá uma atenção devota ao planejamento das sequências, à edição e ao que gosto de chamar de sensação corporal dos desafios, um tipo de trabalho que poucos diretores fazem tão bem hoje, quando não cagam totalmente para isso, como é o caso da maioria das produções do tipo e é visível quando percebemos que os diretores mais reconhecidos no gênero são os megalomaníacos sem timming algum Michael Bay e Rolland Emerich, este conseguindo a façanha de ser 500 vezes pior que Bay.
Bird baseado no trabalho dos roteiristas conseguiu criar muitos momentos memoráveis, cenas que mesmo em um terceiro filme da franquia soam frescas e originais, aliás aqui entra a questão do quão interessante o filme aborda as situações absurdas da história, dando verossímilhança à planos e situações mirabolantes que parece ser algo em que o diretor tem conforto em trabalhar. A dúvida que fica na cabeça de todo mundo é porque raios nunca foi oferecido à Bird um projeto de filme do agente 007.
A sua mão parece que deu uma grande renovada na franquia, agora com menos tom sério e mais humor, inclusive muita auto-scanaeação com a própria série e o mundo dos agente secretos, e vem para dar o que uma franquia de filmes pipoca, hoje mais do que nunca, realmente precisa, ser uma diversão inteligente, empolgante, bem feita e auto-consciente como uma forma de espetáculo.

Às vezes parece que Missão impossível 4 é só um ensaio de Bird no mundo do live-action, de lidar agora com sets, equipes gigantescas, atores e etc.. até pelo fato do filme ser o 4º exemplar de uma franquia cinematográfica, mas ainda assim fica evidente que a direção de Bird não só conseguiu disso extrair uma pérola do cinema de ação como renovar e chegar ao máximo que o filme poderia.
Vale mencionar o trabalho sensacional do diretor de fotografia Robert Elswit, vencedor do Oscar por Sangue Negro, e o bom trabalho e sintonia do elenco em geral.

Bird entende o cinemão e a capacidade de impactar que ele tem e é reconfortante ver que seu talento está sendo empenhado no cinema de muitas formas.
Que venha 1906, seu novo filme live-action.

Nota: 9
Um comentário:
O que mais gostei nesse, é que todas as arestas foram bem fechadas e a interação do elenco está perfeita. Paula Patton já é uma musa.
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