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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cinema-Crítica: Lilo e Stitch

O Elvis tinha uma postura exemplar


Em 2002 a Disney lança seu animado Lilo e Stitch, vindo da Disney "do novo milênio" e depois do fracasso do fiasco Dinossauro(possívelmente a pior animação de grande estúdio da história), e o excelente, mas diferente de tudo o que a estúdio já esteve perto de fazer em questão de estilo, A Nova Onda do Imperador, a Disney volta a impressionar.

Assim como fora com O Rei Leão que teve sua produção à sombra da obra pretenciosa que puxava todas as atenções do estúdio no momento (no caso era Pocahontas, que teve um êxito bem menor e considero a mais fraca animação do estúdio na década de 90), assim foi com Lilo e Stitch. A Disney se concentrava na super produção do momento Planeta do tesouro e isso foi o caminho pra dois grandes loucos e gênio-criativos mostrarem a que vieram, Cris Sanders e Dean DeBlois, os diretores.

Era lançado o filme e o mundo era presenteado com uma das animações mais carismaticas de sempre.



Lilo e Stitch fala de um cientista excêntrico chamado Jumba julgado pelo tribunal espacial por experiências vivas não declaradas e ilegais resultando na criatura 626 posteriormente confessada como uma máquina de destruição pelo cientísta louco, a experiência 626 foi condenada ao exílio mas consegue escapar da nave que o levava e cair aleatoriamente no planeta Terra, a confusão começa quando o próprio Jumba e um auxiliar chamado Pleakley vão(ou seria "vem"?) ao nosso planeta caçar o bizarro elemento e 626 disfarçado se aproxima de uma garotinha "esquisita" chamada Lilo.


Só pela sinopse nós já vemos que este filme não é o habitual filme infantil de sempre, confia a especial trama aos expectadores jovens(to falando das crianças) devido ao seu grande carisma e desenvolvimento confortável e presenteia os expectadores mais velhos com um refinado bom humor além da tininte narrativa. Lilo e Stich não é politicamente correto, mas não é agressivo ou vulgar como outras animações se tentam a ser e geralmente chegam a resultados ridículos(como Robôs, da Blue Sky), está no equilíbrio perfeito.



Tudo no desenho é o máximo, a história é criativa, bem desenvolvida com sacadas genais, o design dos personagens, característicos do estilo de desenho de Cris Sanders é muito massa e combina perfeitamente com a proposta de história do filme, o lugar onde se passa e etc.. A estética de Cris Sanders e Dean DeBlois é muito fanfarrona e bem diferente: os cenários tem cores mais engraçadas, os objetos e personagens são mais arredondados e tudo tem um carisma visual muito legal.


O roteiro também nos mostra todo um estilo completamente diferente de tudo o que se espera da Disney ou mesmo do que as animações americanas geralmente traziam(exceto pela Pixar), há todo um fundo criativo, vigoroso e nunca visto antes, foi legal eu perceber só em outras assistidas algumas sacadas geniais da história, o lance do programa destrutivo que faz Stitch ser atraído a grandes cidades e por isso, assim como por outros motivos, é genial o filme se passar no Havaí, uma ilha de onde Stitch não pode sair já que é intolerante a água.



Os personagens são um show à parte, a maioria completamente pirados, Stitch não poderia ser mais legal embora comicamente cruel na metade inicial, Jubba é uma figuraça, me acabo de rir com tudo o que o louco personagem diz ou faz, o escandaloso Pleakley é sensacional, Lilo é uma gracinha(não costumo falar assim, só escrever.. hum....), os demais personagens humanos também, destaque para o assistente social linha-dura Bubbles(o nome é estranho, eu sei, e o mais engraçado: ele sabe).

É sempre bom ver personagens tão originais num filme só quando geralmente as animações tendem a ter os arquétipos de sempre, o alívio cômico declarado, o ranzinza e etc..


O lado negativo fica por conta da dublagem nacional que usa artifícios ridículos como fazer alguns personagens terem sotaque sulista quando vemos claramente(nós e as crianças) que o filme se passa numa ilha e no Havaí, o mesmo vale para referências espatifúrdias, como a da ponte brinquedo que Stitch contrói e a ponte Rio-Niterói do estado do Rio de Janeiro.



Stitch é puramente humor inteligente, e dos bons, uma animação que foge do padrão Disney muito cultuado hoje, coisa que de forma alguma é ruim ou diminui o filme, é divertido, leve, muito aconselhável a crianças pelo visual, pelos personagens estéticamente carismáticos, mas mesmo assim é inteligente, com humor bastante referencial e muito recomendado a um público crescido que simpatiza com animações e principalmente fãs de histórias de alienígenas e ficção científica já que o filme nos traz referências sutis mas muito inteligentes que farão a diversão desse tipo de público.


Há de se aplaudir toda a criatividade, bom humor e tudo o que o filme alcansou, é realmente uma pérola em meio a uma década inteira onde os estúdios Disney só ficaram na mal-falagem por parte de todo mundo, tivemos um filme diferente, com sangue novo e que em toda a concepção nos conseguiu mostrar coisas tão legais.

Stitch é sutil no humor, talvez se fosse mais "pop" ou "fácil" como a série Shrek tivesse obtido mais sucesso, mas quem se importa? desde a época que vi pela primeira vez me tornei fã de Sanders e seu estilo.


Nota: 8

leia outras resenhas de animações clicando aqui

4 comentários:

Monitor disse...

realmente esse filme é muito bom,e teve um bom desenrolar na tv,com series e filmes em dvd.E eu curto a dublagem brazuca.O filme é otimo e merece sempre dar uma conferida!

Pulga disse...

Ah...Eu gosto bastante da dublagem, ao menos deste filme. Sim, um ótimo filme (mas omfg, tem até alien gay!). Não sei se você assistiu algum episodeo, mas tinha a série. Não era tão bom quanto o filme, claro, mas era engraçado.

E o roteiro é ótimo. E quanto ao "vão ou vem", se é uma narração é vem, se for uma descrição é vão - ou estou errado?

Ótimo filme [2]

Jonathan Rodrigues disse...

ah.. então é vão mesmo

mas a dublagem é boa sim, gosto muito, a bobagem foi a abrasileiragem que fizeram que em alguns desenhos até funciona mas nesse aqui ficou desnecessário

Jonathan Rodrigues disse...

ah, e eu vi uns episódios da série animada, era legalzinho

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