Surpreendente
O Lutador(ou como prefiro chamar: The Wrestler, o título original), último filme lançado de Darren Aronofsky(Pi, Requiem para um Sonho) é único e sensacional, um filme realmente intimista.
Randy "The Ram" Robinson, foi um grande lutador da chamada "luta livre" nos anos 80, e com o passar dos anos viu sua carreira ir abaixo, ele ainda luta e sobrevive por causa dos fãns mais "hardcore" e tem seu emprego num super-mercado.
Randy em um momento vê que por conta de sua saúde não pode mais lutar e decide se aposentar, mesmo cancelando lutas já agendadas..
A partir disso somos mergulhados na história deste personagem(interpretado magistralmente por Mickey Rouke), não quero falar mais sobre a história porque seria avançar demais no tempo do filme.
Randy "The Ram" Robinson, foi um grande lutador da chamada "luta livre" nos anos 80, e com o passar dos anos viu sua carreira ir abaixo, ele ainda luta e sobrevive por causa dos fãns mais "hardcore" e tem seu emprego num super-mercado.
Randy em um momento vê que por conta de sua saúde não pode mais lutar e decide se aposentar, mesmo cancelando lutas já agendadas..
A partir disso somos mergulhados na história deste personagem(interpretado magistralmente por Mickey Rouke), não quero falar mais sobre a história porque seria avançar demais no tempo do filme.
O filme além de se desenvolver de forma tão natural, do tipo que dá gosto de ver e tal, não precisa de ritmo acelerado(embora Aronofsky utilize uma espécie de edição videoclipe em algumas partes, herança de sua utilização absurda(no bom sentido) em Requiem para um sonho) e nem de cenas de impacto e bla bla bla
Ele se calça em seus personagens, nos importamos com eles, torçemos por eles, não desgrudamos os olhos deles, tudo é tão sincero que dá gosto de ver, por tudo envolvido, desde o elenco excepcional até as resoluções de Aronofsky na direção.
Falando em atuações, Rouke ao contrário do que muita gente pensa, não estava "interpretando ele mesmo", alias, muito longe disso.
Pensar assim é ter uma visão superficial do personagem que é tão rico e que é desenvolvido a ponto de chegar a seu estado nos momentos finais onde vemos que ele(Rouke supostamente "interpretando Rouke") é apenas massa de manobra para algo incrívelmente genial e autoral, não é apenas um cara que quer dar a volta por cima, é muito, muito mais do que isto.
E é aí que entra o quando o filme foi sub-valorizado e considerado um sub-produto da carreira do Aronosky(embora tenha feito o poço de pretensão Fonte da Vida).
O filme é devastador, dizer que é reflexivo é pouco diante de onde ele realmente conseguiu chegar, e o mais engraçado é que não pareçe que chegaremos a este resultado mesmo alguns minutos antes do fim do filme, e aí vemos a tacada de mestre do Aronosfy e a demonstração do quanto ele pode ser genial, mesmo partindo de algo supostamente simples.
É complicado descrever a sensação quando os créditos começam a subir..
Fiquei as uma hora e meia da ida do cinema pra casa(1 hora de metrô e 30 minutos de caminhada(não quis pegar ônibus :\)) só pensando no que vi.
O nocaute que este filme me deu me lembrou muito a mesma coisa que me aconteceu ao final de Requiem para um sonho, mas o que em requiem choca você logo de cara por imagens, ritmo e musica, em The Wrestler, dá um nocaute no seu coração, é algo mais sutil, mas igualmente devastador.
Cinema é entre outaras coisas sensação, Aronofsky sabe muito bem disso e prova mais uma vez que é perito em nos mostrar
The Wrestler definitivamente não é Aronosky mostrando que pode tranformar água em vinho, é aronosky assim como ele sempre foi, ele é genial mesmo "disfaçando de não-genial".
Esta é a suposta capa que este filme possui e que só alguns, ao fim da película conseguiram remover por completo.
Nota: 9
ps: esta crítica citou Aronofsky umas 50 vezes, está pior do que criticas de Fanzóides do Gus Van Sant sobre seus filmes(que em sua maioria são grandes merdas super-estimadas, mas isto é assunto para outro post).
ps2: Bruce Springsteen compõs uma canção sensacional para o filme(chamada também de "The Wrestler") que toca nos créditos finais.
Ele se calça em seus personagens, nos importamos com eles, torçemos por eles, não desgrudamos os olhos deles, tudo é tão sincero que dá gosto de ver, por tudo envolvido, desde o elenco excepcional até as resoluções de Aronofsky na direção.
Falando em atuações, Rouke ao contrário do que muita gente pensa, não estava "interpretando ele mesmo", alias, muito longe disso.
Pensar assim é ter uma visão superficial do personagem que é tão rico e que é desenvolvido a ponto de chegar a seu estado nos momentos finais onde vemos que ele(Rouke supostamente "interpretando Rouke") é apenas massa de manobra para algo incrívelmente genial e autoral, não é apenas um cara que quer dar a volta por cima, é muito, muito mais do que isto.
E é aí que entra o quando o filme foi sub-valorizado e considerado um sub-produto da carreira do Aronosky(embora tenha feito o poço de pretensão Fonte da Vida).
O filme é devastador, dizer que é reflexivo é pouco diante de onde ele realmente conseguiu chegar, e o mais engraçado é que não pareçe que chegaremos a este resultado mesmo alguns minutos antes do fim do filme, e aí vemos a tacada de mestre do Aronosfy e a demonstração do quanto ele pode ser genial, mesmo partindo de algo supostamente simples.
É complicado descrever a sensação quando os créditos começam a subir..
Fiquei as uma hora e meia da ida do cinema pra casa(1 hora de metrô e 30 minutos de caminhada(não quis pegar ônibus :\)) só pensando no que vi.
O nocaute que este filme me deu me lembrou muito a mesma coisa que me aconteceu ao final de Requiem para um sonho, mas o que em requiem choca você logo de cara por imagens, ritmo e musica, em The Wrestler, dá um nocaute no seu coração, é algo mais sutil, mas igualmente devastador.
Cinema é entre outaras coisas sensação, Aronofsky sabe muito bem disso e prova mais uma vez que é perito em nos mostrar
The Wrestler definitivamente não é Aronosky mostrando que pode tranformar água em vinho, é aronosky assim como ele sempre foi, ele é genial mesmo "disfaçando de não-genial".
Esta é a suposta capa que este filme possui e que só alguns, ao fim da película conseguiram remover por completo.
Nota: 9
ps: esta crítica citou Aronofsky umas 50 vezes, está pior do que criticas de Fanzóides do Gus Van Sant sobre seus filmes(que em sua maioria são grandes merdas super-estimadas, mas isto é assunto para outro post).
ps2: Bruce Springsteen compõs uma canção sensacional para o filme(chamada também de "The Wrestler") que toca nos créditos finais.
2 comentários:
Oooo Jonathan !
Este é um dos poucos indicados que ainda não tive a chance de ver ... e confesso que estou com boas expectativas, por ser um filme muito bem comentado!
Hmm... to com o filme no pc pra assistir (filmes do tipo dificilmente chegam no cinema da minha cidade). Já faz um tempo, tava deixando ele "cozinhar", mas agora seu rewiew me animou a vê-lo.
E obrigado por não encher de spoilers :P
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