Cinema-Crítica: Bolt, de Chris Williams e Byron Howard

a Pixar ouviu a idéia dos pombos...

Nesta última terça-feira, numa tentativa noob e frutrada de encontrar um cinema com sala em 3-D para assistir Bolt, acabei me equivocando e passando longe do lugar(ônibus errado), conclusão, precisei aproveitar o resto da noite e para isto fui assistir a Bolt no cinema que costumo ir sempre pois estava meio caminho andado até lá, numa sala comum imagina-se, não foi dessa vez que tive minha primeira experiência com o 3D.

A sala estava cheia dos pirralhos como imaginava, mas pior do que eles são o grupinho dos pré/meio-adolescentes que assistem a filmes aleatórios, enfim, eu não esperava, mas bastou alguns minutos de começo de projeção para o filme fisgar a todos, ou quase todos.

Bolt é a estória do cão astro de TV que enganado a todo o tempo, não sabe ser um astro de programa de ação e que seus poderer pelasacais são apenas efeitos especiais e acabando se perdendo do estúdio e parando exatamente o mais longe possível de Los Angeles, precisa "voltar de volta".


O filme teve um processo de produção turbulento descrito em detalhes aqui, resumindo, estava sendo dirigido por um visionário atendido por Cris Sanders, mas o filme estava longe de ser bonitinho, de ter um humor blockbuster(mesmo caso de Lilo e Stitch, seu filme anterior) e provavelmente tinha o risco de receber classificação PG-13, conclusão, Jhon Lasseter afastou Sanders da produção por causa do próprio não admitir ter que alterar sua obra.

vâ-monois ao que interessa

Em primeiro lugar, Bolt é muito divertido, este é o grande trunfo do filme, e mais, é divertido por causa de seus incrívelmente carismáticos personages, tudo é muito maneiro e o mais incrível é que o humor do filme é bem mais inteligente do que pensei que fosse, são vários diálogos afiadinhos e o filme brinca o tempo todo com situações, cheguei a ter pena das crianças no cinema já que algumas chegavam a perguntar para seus pais o que se passava em determinado momento da trama e eles acabavam meio que se revirando para responder(lembre-se, o filme brinca toda hora com o lance do que é realidade X o que é a realidade da TV feita para Bolt).

O filme começa com uma ótima sequência de ação que depois é "desvendada".

Bolt é um astro de TV mas não sabe disso, Bolt se perde, Bolt deve voltar para casa
em suma este é o filme, uma reviravoltazinha aqui e acolá e voulá, temos a simples estória do filme que no caso foi usada eficientemente e auxiliada por seus protagonistas muito maneiros.


Enfim, é isso, um filme bacana, com ótimas piadinhas(que são um nível acima de inteligência quando se pensa na média de animações de CGI), "possui muito clichê" mas na maioria das vezes ele é bem usado de forma que não incomoda.

A Disney parece estar se reencontrando, o que é muito bom.
que venha A princesa sapo, filme onde Lasseter com seus pitacos inflamados não fez uma mudança tão drástica, apenas tirou o Alan Menken da música(mas caceta? É O ALAN MENKEN!!!!! sim, mas a mudança parece ter sido para melhor por causa da temática do filme, mas embora Randy Newman seja um bom musico, é muito abaixo do patamar do "escroto"(no bom sentido) Menken).

estamos no caminho de volta....

ps1(32-bits): o filme dirigido por Cris Sanders provavelmente seria 453% melhor, infelizmente é algo que só vai ficar no campo do o que poderia ser, algo como o Stanley Kubrick dirigindo A.I. ou a adaptação de Watchmen hausahauhsua

ps2(128-bits): as piadas com o Nemo já estão virando uma constante em filmes animados, não já bastou de forma extremamente explícita num filme da Warner Bros. como Looney Tunes de bolta à ação, agora é a Disney brincando com seu reforço criativo

até os fanzóides chatos(tipo os do Tim Burton ou Harry Potter) estão em alta, homenageados em forma de roedores en-bolha-dos

Nota: 7

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